Compartilhar é viver
Compartilhe o conhecimento, compartilhe a vida, compartilhe o que há de mais bizarro, compartilhe os momentos da vida... Compartilhar é viver, do que adianta o conhecimento quando se é limitado ao ser do qual é inerente.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
A perda
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Perdendo tempo com o normal
Deixe-me gritar pra ecoar o quanto sou louco;
Não consigo controlar esse impulso involuntário.
O corpo treme, o coração já pulsa a epiderme;
Não quero acordar todos os dias as 8;
Não quero parecer normal para ser igual;
Deixe-me gritar pra ecoar o quanto sou louco.
Aaaamanha será um novo dia;
Então façamos dele novo;
Repetições incham minhas veias
Atordoam minha mente;
Não quero parecer normal
Tudo no seu lugar, filas indianas, almoço ao meio dia; faça como faço.
Isso gira os ponteiros do relógio
E o que você Fez?
Nada além de ser normal;
terça-feira, 14 de junho de 2011
Só fica a certeza de que nada é como antes..
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Excursão 15/05
Estou em um ônibus com vários desconhecidos. A única coisa que eu sei a respeito deles é que possuem o mesmo meu objetivo, passar em um concurso e começar uma carreira estável em um órgão público.
Enquanto vejo a vida correr pelo vidro da janela, vidro esse que reflete uma imagem estática, ofuscada pelas paisagens externas. É mais uma visão de um rosto, assim como de vários outros que se sentam em outras poltronas. Como é estranho só ouvir o som do motor e aquelas diversas faces sem manifestarem reações, cada um com sua história, com suas aflições, nervosismo, ansiedade nas mais diversas intensidade, mas sigo vendo a mesma coisa. Isso não transcende. Tudo é tão imprevisível, da mesma forma que não sabemos o que encontrar na próxima curva.
De repente alguém se levanta todos olham, alguns com aquela peculiar mania repugnante de olhar dos pés a cabeça, como se isso pudesse dizer algo além de uma figura estética, mas, a final continuamos sem saber nada um do outro. Era só mais um a se deslocar ao banheiro e sofrer para abrir e fechar aquelas portas de pressão. A excursão prossegue. Notam-se algumas iniciativas de comunicação, mas era bem provável que em pouco tempo estaríamos todos interagindo. Aquela monotonia não poderia durar nada além da madrugada. Afinal somos “mergulhões” de Santa Vitória do Palmar e como de praxe a comunicação não é nenhum problema, até chegar em uma cidade grande, já que normalmente, uma tentativa de aproximação é vista como uma possibilidade de assalto.
A pesar do nome “mergulhão” que origina-se de uma ave típica da região, muitos atribuem esse nome para descrever um ser grosso, antipático, rudimentar, mas literalmente esses atributos não são de nosso povo.
A viagem foi muito divertida após algumas horas. Fizemos novas amizades. Só fiquei chateado pelo grêmio ter perdido para o inter, mas isso faz parte, se perde e se ganha, e o pior que a minha prova era no mesmo instante do jogo, enquanto eles chutavam a bola eu riscava a prova e assim foi até o final. Só se ouvia os foguetes e depois os “buzinasos”, já era noite começava a chover e o ônibus com o pessoal a me esperar, e logo já sentíamos uma família voltando para casa, mas como todo fim, quando desci na minha parada deixei vários amigos para trás e cada um seguiu sua vida.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Meu mundo e suas faces...
Só quero poder acordar na madrugada e tomar minha coca-cola, estudar tanto que a cabeça fique pesada em mais um fim de semana, acreditando que essa auto-tortura vá me levar onde quero estar, olhar o horizonte e ver o azul distante, cerrar os olhos e tentar ir além, pensar obsessivamente em tudo que já fiz e já vivi, correndo o sono sabe-se lá pra que sonho, passar pela mesma rua, chutar as mesmas pedras, ver as mesmas pessoas e pensar, “até quando vou permanecer aqui”, sem sentir o frescor de novos ares, sem me permitir inovar, só que pra isso não me basta vestir uma nova cor, e esquecer meu luto por não me permitir, eu quero mais, até não dar o próximo passo.
Esse é um alguém que ainda é capaz de disser “Não espero entrar nessa corrida”. Somos parte de um contexto e para sobrevivermos nele precisamos TER, talvez sem esquecer as pequenas coisas, como tomar um banho na chuva, sentir o arrepiar no passar de um “sopro”, viver os diferentes estados intensamente, nos permitir amar e ser amado sem a desconfiança peculiar dos novos tempos, observar as relações sociais esquecendo a parte podre... Para mim, isso é imperceptível.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Paz e Solidão
Há sempre momentos na vida que pedem um pouco de paz, mas é triste quando se confunde com a solidão. Em certos momentos não queremos ter que escutar, o que não queremos ouvir, precisamos de um tempo, e se pra isso é preciso ficar só, que assim estejamos. Muitos apesar de tanto pedirem por paz, não sabem viver na solidão. Talvez isso só demonstre que ainda não se é maturo o suficiente para poder olhar para o lado e não encontrar alguém. É difícil idealizar a paz sem logo remetê-la à solidão.
Imagine-se em um lugar, onde você se baste por simplesmente existir, não queira mais nada, não pense mais nada, apenas sinta a plenitude de estar em si. Se você for capaz de sentir isso, saiba que esta em paz, e a solidão é algo tão ínfimo que nem irás percebê-la.
sábado, 24 de julho de 2010
Sigo onde estou...
Ali estou
Não posso disser que sempre, porque é longe de mais do presente
Não posso diser que nuca, já que não há presente.
Mas, talvez, quem sabe, o suficiente p/ dizer que ali estive
Ali estou
Onde nem sempre quero estar
Mas o querer não se faz suficiente
Verdade.
Ali eu já fui feliz
Bom seria se La sempre estivesse
Naturalidade.
Ali já fui triste
Nas ruínas, ruidosas rotinas
Escravizando cada pranto.
Tolise.
Ali esta meu pasado
Que nunca o será.
Visto que, não morre
Consome.
Ali estarei
Porque não há outro lugar.
Mentira.
Aqui sigo estando
E só sairei do mesmo jeito.
Soprando.