Só quero poder acordar na madrugada e tomar minha coca-cola, estudar tanto que a cabeça fique pesada em mais um fim de semana, acreditando que essa auto-tortura vá me levar onde quero estar, olhar o horizonte e ver o azul distante, cerrar os olhos e tentar ir além, pensar obsessivamente em tudo que já fiz e já vivi, correndo o sono sabe-se lá pra que sonho, passar pela mesma rua, chutar as mesmas pedras, ver as mesmas pessoas e pensar, “até quando vou permanecer aqui”, sem sentir o frescor de novos ares, sem me permitir inovar, só que pra isso não me basta vestir uma nova cor, e esquecer meu luto por não me permitir, eu quero mais, até não dar o próximo passo.
Esse é um alguém que ainda é capaz de disser “Não espero entrar nessa corrida”. Somos parte de um contexto e para sobrevivermos nele precisamos TER, talvez sem esquecer as pequenas coisas, como tomar um banho na chuva, sentir o arrepiar no passar de um “sopro”, viver os diferentes estados intensamente, nos permitir amar e ser amado sem a desconfiança peculiar dos novos tempos, observar as relações sociais esquecendo a parte podre... Para mim, isso é imperceptível.
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